por angelica ca e paulo eneas
Em uma demonstração de retrocesso e de alinhamento com as diretrizes do Foro de São Paulo/Grupo de Puebla, o presidente recém eleito da Argentina, o peronista socialista Alberto Fernandez, está avaliando medidas para revogar decreto que designa o Hezbollah como um grupo terrorista. A mudança incluirá a distinção entre suas alas militar e política, de acordo com o comunicado recebido pela Embaixada de Israel na Argentina.
Durante reunião com o embaixador de Israel na Argentina, Galit Ronen, ocorrida no dia (10/11) em Puerto Madero, o presidente eleito argentino falou sobre a possibilidade de revogar, quando assumir o cargo na Casa Rosada, o decreto assinado por Mauricio Macri, que declara o Hezbollah como organização terrorista.
Conforme o Crítica Nacional informou no artigo Argentina Declara Hezbollah Como Organização Terrorista, publicado em 18/07, o presidente argentino Mauricio Macri havia declarado o Hezbollah como sendo uma organização terrorista, e decretou o congelamento de bens dos membros daquela organização terrorista islâmica.
O anúncio foi feito em conjunto com a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, ao país, para participar de evento que marcou os 25 anos do ataque contra uma entidade da comunidade judaica portenha, e que resultou na morte de 85 pessoas e outras 300 feridas.
A ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) e membros do seu governo são acusados de acobertar iranianos acusados do atentado terrorista na entidade judaica da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), na capital argentina.
Como troca pelo acobertamento e traição, de acordo com denúncia feita pelo promotor de Justiça Alberto Nisman, que investigava o envolvimento de Cristina Kirchner no atentado e que foi assassinado misteriosamente em 18 de janeiro de 2015, o governo argentino venderia grãos para o Irã, e em troca receberia petróleo.
O promotor Alberto Nisman acusava o Irã de estar envolvido nos atentados, e apontava o Hezbollah como o executor dos crimes. Devido a essas acusações, existe a suspeita de que quem está tentando fazer a mudança sobre o status do Hezbollah como organização terrorista, seja a ex-presidente e atual vice-presidente eleita de Fernandez, Christina Kirchner.
Caso a decisão do novo governo da Argentina de revogar o decreto assinado por Mauricio Macri seja confirmada, poderá ocorrer um esfriamento nas relações entre Argentina e Estados Unidos, uma vez que Donald Trump instou aos países da região que incluíssem o Hezbollah na lista de grupos terroristas, o que foi feito pela Argentina, pelo Paraguai e pelo Brasil. Com Informações de The Jerusalem Post #CriticaNacional #TrueNews #RealNews