por debora portugal
Com uma população de aproximadamente 433 mil habitantes, a cidade de Santos (SP) apresentava até a última quinta-feira (09/04) os seguintes números em relação à doença do vírus chinês: 169 casos testados positivos, 111 internações (sendo 32 delas em UTI’s) e o registro de 10 óbitos confirmados.
Dentre os óbitos, quatro foram de pessoas que estavam internadas em um mesmo hospital privado e faleceram entre os dias 4 e 5 de abril. Três são mulheres, com idades de 69, 92 e 95 anos, e um homem, de 89 anos. Dos casos confirmados, nem todos seguem internados. O último informe oficial da Prefeitura informa que houve 57 altas hospitalares e 471 casos suspeitos seguem em investigação.
Chamamos a atenção para a capacidade de leitos de UTI’s da cidade, que é de 218 leitos, somente contando com a rede do SUS.
Com a nova diretriz do Ministério da Saúde, devemos cobrar do prefeito Paulo Alexandre Barbosa que siga essa nova proposta, que dispõe sobre reduzir parcialmente o isolamento em cidades e estados com metade dos leitos e estrutura de saúde vagos. Esse critério aplica-se à cidade de Santos, que com a capacidade de 218 leitos de UTI’s somente da rede pública, hoje segue com 32 internados.
A medida do Ministério da Saúde, de acordo com o boletim divulgado na última segunda-feira (06/04), passaria a valer já a partir da próxima segunda-feira, dia 13/04. De acordo com essa nova instrução, Santos passaria então do lockdown em que se encontra para o DSS (Distanciamento Social Seletivo) onde somente alguns grupos ficam isolados: pessoas com menos de 60 anos e sem indicadores que elevem o risco para casos graves, como comorbidades e doenças preexistentes, poderão circular livremente.
No entanto, o prefeito de Santos insiste no contrassenso ao continuar mantendo medidas restritivas, sem dar sinal de mudança de direção conforme o disposto na medida com as novas diretrizes do Ministério da Saúde, que ele alega seguir.
Paulo Alexandre Barbosa, do PSDB, parece estar cumprindo as ordens ditatoriais do governador de São Paulo, João Doria, e de olhos e ouvidos fechados segue trancando a cidade, as praias, as ciclovias, e pequenos comércios, a despeito dessa nova orientação do Ministério da Saúde.
Ao agir assim, o prefeito tucano mostra que obedece somente o que é determinado pelo governador também tucano João Doria (PSDB), que continua a decidir sobre a vida de milhões de brasileiros, e a destruir a economia do Estado de São Paulo, o maior PIB do País.
Sem o planejamento necessário, tateiam às cegas, levando uma população inteira à quarentena total sem ver a quem. Não há nenhuma garantia científica que assim se estaria impedindo a disseminação do vírus. Na contramão do que se vende à população, não investe em testes e não adota formas mais inteligentes de distanciamento social, que é diferente do lockdown que o prefeito tem aplicado na cidade.