por angelica ca
O Partido Comunista Chinês está recorrendo cada vez mais à diplomacia coercitiva contra governos e empresas estrangeiras, de acordo com um novo relatório do Australian Strategic Policy Institute divulgado nesta segunda-feira (31/08). Segundo explica o relatório, a diplomacia coercitiva pode ser definida como coerção não militarizada ou o uso de ameaças de ações negativas para forçar o Estado-alvo a mudar de comportamento.
O estudo analisa 152 casos em que o o Partido Comunista Chinês usou da diplomacia coercitiva em 27 países, entre eles o Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e no Leste Asiático na última década, e conclui que os governos precisam combater as táticas de dividir e conquistar empregadas pelos comunistas chineses por meio uma estratégia conjunta de instituições multilaterais.
Os dados apontam que houve uma escalada acentuada dessas táticas desde 2018. As regiões e países que registraram a maioria dos casos de diplomacia coercitiva chinesa na última década incluem Europa, América do Norte, Austrália, Nova Zelândia e Leste Asiático.
“Nos primeiros oito meses de 2020, encontramos 34 casos de diplomacia coercitiva, o que equivale a mais da metade do número registrado em 2019. A menos que os Estados possam propor uma estratégia melhor para resistir à diplomacia coercitiva, podemos esperar que essa tendência continue”, afirma o relatório do Australian Strategic Policy.
“A China é o maior parceiro comercial de quase dois terços dos países do mundo, e sua importância econômica global lhe dá uma influência significativa. Os impactos da diplomacia coercitiva são exacerbados pela crescente dependência de governos e empresas estrangeiras no mercado chinês. Os riscos econômicos, comerciais e de segurança dessa dependência provavelmente aumentarão se o regime chinês continuar a usar com sucesso essa forma de coerção”, afirma o relatório.
O relatório lista uma série de ações que devem ser tomadas para barrar o avanço da diplomacia coercitiva do regime comunista chinês nos países. Entre elas um esforço internacional coordenado e sustentado por governos e empresas estrangeiras, o que somente poderá ser conseguido com a compreensão sobre a diplomacia coercitiva e as estratégias mais eficazes para combatê-la. Com informações de Australian Strategic Policy Institute.
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