por paulo eneas
O Ministério dos Direitos Humanos, chefiado pela ministra Damares Alves, publicou nota na sexta-feira (07/05) lamentando as mortes ocorridas um dia antes na favela do Jacarezinho, Rio de Janeiro, durante operação policial na qual traficantes armados com arsenal de guerra receberam a tiros policiais que iriam executar mandados judiciais.
O policial civil André Leonardo Mello Frias morreu durante a operação, que resultou na eliminação de vinte e sete criminosos que eram líderes do tráfico de drogas e do crime organizado na região. Inicialmente divulgou-se um total de vinte e cinco mortes, incluindo a do policial André Mello Frias. Posteriormente a Polícia Civil atualizou a informação.
Em sua nota, o Ministério dos Direitos Humanos não faz qualquer distinção entre a morte do policial e os vinte sete criminosos eliminados. A pasta nem mesmo deu-se ao trabalho de publicar o nome do policial assassinado pelos traficantes. Trecho da nota publicada pelo ministério e reproduzida pela EBC, afirma:
“É urgente a necessidade de combate ao crime organizado, ao tráfico de drogas e às demais atividades marginais que ocorrem na cidade. Entendemos, também, que essas devem ocorrer de forma a proteger a vida de todos, especialmente dos moradores que, também, são vítimas e reféns de atividades criminosas”. (grifo nosso)
O título da nota do Ministério dos Direitos Humanos, conforme mostrado na imagem mais abaixo, é “Rio de Janeiro: Ministério lamenta mortes em operação policial no Jacarezinho” indicando assim que o órgão lamenta a morte dos traficantes que, se não fossem eliminados, teriam matado todos os policiais. O tom da nota seguiu e pautou a abordagem feita por toda a grande mídia a respeito do episódio.
Ao afirmar que este combate “devem (sic) ocorrer de forma a proteger a vida de todos”, a nota do ministério faz coro com a narrativa da grande imprensa que tenta culpar a polícia pelo episódio, ignorando por completo o fato de que os policiais foram recebidos a tiros pelos traficantes.
A nota do ministério chefiado por Damares Alves destoa por completo até mesmo da maneira pela qual o Presidente da República manifestou-se sobre o episódio. A nota coloca implicitamente a culpa nos policiais e lamenta a morte dos criminosos que tentaram matar estes policiais, usando inclusive moradores como escudos humanos.
Ministério Dificultou Acesso à Nota Após Publicação
A nota com conteúdo esquerdista e lamentando a morte de traficantes e ignorando a morte do policial foi publicada na sexta-feira (07/05) no seguinte endereço eletrônico:
No dia seguinte, o acesso à nota estava restringido: quem clicasse no endereço acima precisaria fornecer CPF, criar login com senha, fazer verificação por email e por código SMS via celular e outros procedimentos.
A redação do Crítica Nacional seguiu todas estas etapas, mas mesmo assim não conseguiu acessar a nota no website do Ministério dos Direitos Humanos, indicando assim que houve uma intenção deliberada de dificultar o acesso a nota, que possivelmente foi apagada do website do órgão.
No entanto, utilizando-se ferramentas avançadas de busca, é possível localizar a nota no website do ministério, conforme mostrado no print abaixo ou clicando-se neste link aqui.
Leia também:
1) Ministra Damares Alves & As Máscaras Para Crianças: Incoerência Sem Fim
4) Não Há Como Desfazer Trinta Anos de Socialismo em Apenas Dois Anos: Análise do Argumento