por paulo eneas
O senador Omar Aziz (PSD-AM) expressou em sessão plenária do Senado Federal na noite desta quarta-feira (07/07) seu completo desdém e desprezo pela nota de repúdio divulgada poucas horas antes pelo Ministério da Defesa, afirmando que “se quiserem, podem fazer cinquenta notas contra mim”. Falando ao microfone do plenário, Omar Aziz ainda insinuou que as Forças Armadas estariam “intimidando” o próprio Senado.
Mostrando que notas de repúdio de fato não têm consequência concreta alguma, Omar Aziz sentiu-se seguro e confiante o bastante para repreender o fraco e omisso presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que um pouco antes havia dado uma declaração de “apoio” as Forças Armadas, como se este tipo de declaração anulasse um fato objetivo: Omar Aziz acusou as Forças Armadas de estarem envolvidas com corrupção.
Nas redes sociais, a fala do senador Omar Aziz foi aplaudida pela esquerda. Perfis claramente hostis às Forças Armadas expressaram seu apoio ao senador acusando a instituição militar de ser formada por criminosas e por pessoas que teriam “as mãos sujas de sangue”. Omar Aziz conseguiu assim, em questão de poucas horas, tornar-se figura venerada por todas as correntes comunistas e socialistas do país.
O fato é que a acusação feita pelo senador Omar Aziz contra às Forças Armadas não teve resposta concreta à altura. Em outras circunstâncias, onde a autoridade estivesse sendo de fato exercida plenamente por quem detém o poder conferido pelo texto constitucional, o senador Omar Aziz estaria neste momento sendo instado a dar provas concretas das acusações que ele fez contra os militares.
Por sua vez, se o Senado Federal fosse presidido por alguém à altura do cargo, o senador Omar Aziz teria sido repreendido pela maneira pela qual ele conduz a CPI da Pandemia e por ter feito uma acusação sem provas contra outra instituição de Estado, em uma conduta claramente dissonante com as exigência de decoro de um membro da câmara alta do parlamento brasileiro.
Mas aparentemente nem uma coisa nem outra irá ocorrer. A omissão e ausência de coragem da parte de determinadas autoridades e figuras públicas têm sido a tônica observada no Brasil em período recente. É como se a “testosterona política” tivesse desaparecido. e somente estivesse presente naqueles que estão a serviço do mal.
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