por paulo eneas
O Presidente Bolsonaro precisou recorrer ao seu ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Fábio Wajngarten, para atuar como seu emissário junto ao agora ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, para convencê-lo da necessidade de apresentar ao presidente seu pedido de exoneração da chefia do Ministério da Educação.
Fábio Wajngarten foi acionado pelo presidente logo após a repercussão do áudio vazado do ex-ministro que, a despeito das implicações políticas negativas, não havia tomado até então a iniciativa de pedir demissão do cargo.
O ex-chefe da Secom recebeu então de Bolsonaro a missão de levar a Milton Ribeiro mensagem do presidente expressando sua vontade de que o agora ex-ministro pedisse sua exoneração. Um esboço de carta de renúncia foi exibida ao ex-ministro.
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Segundo nossas fontes, tão logo Fábio Wajngarten comunicou a vontade do presidente ao ex-ministro, este prontamente aquiesceu e concordou em apresentar sua renúncia. O que chama a atenção no episódio é o fato do Presidente Bolsonaro ter precisado recorrer a um ex-colaborador para tratar de um problema político interno do governo.
Cabe perguntar se não existiria alguém do entorno do presidente merecedor de confiança o bastante para cumprir a missão dada a Fábio Wajngarten, que não exerce mais função alguma no governo há mais de um ano.
Cabe perguntar por que a articulação política e as diretrizes de governança interna não se anteciparam de imediato com medidas de contenção de danos e por que não ofereceram ao presidente opções de iniciativas institucionais a serem levadas ao agora ex-ministro para que ele solicitasse de imediato a sua demissão.
A ausência destas medidas, e a necessidade do chefe de governo de recorrer a um ex-auxiliar, mostram que existem muito mais pessoas leais ao presidente apesar de estarem fora do governo, do que ocupantes de salas do terceiro andar do Palácio do Planalto, ao lado do gabinete presidencial.
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