por camila abdo e paulo eneas
O alemão Klaus Berno Fischer, de 73 anos, foi preso na última quinta-feira (13/08) Zona Oeste do Rio de Janeiro por produzir pornografia infantil. Klaus fez centenas de vítimas ao longo dos últimos anos, sendo que a mais nova tinha cinco anos de idade segundo a polícia, que encontrou um estúdio de sadomasoquismo em seu endereço onde ele torturava as crianças.
Na casa, foram encontrados objetos infantis, como balanços, uma gangorra e balões, próximos a diversos itens de sadomasoquismo, como roupas íntimas, algemas e fantasias. A residência fica em uma área de mata em frente à comunidade Cavalo de Aço e tem três cômodos adaptados para as filmagens, com paredes cobertas com tecidos com temas infantis.
“Temos uma perspectiva de serem centenas de crianças. São 30 mil arquivos criptografados. São anos de atuação dele. Não temos ainda noção de quando isso começou exatamente. É um esquema muito grande”, explicou o delegado Luís Mauricio Armond.
Fischer é proprietário de uma agência de turismo no bairro de Copacabana e tem visto de trabalho para permanecer no Brasil. A polícia suspeita que ele use a empresa para promover turismo sexual de crianças e adolescentes.
“A gente acredita que, como a agência de turismo dele está fechada, ele a utilizava para trazer europeus, em especial da Alemanha, para turismo sexual no Brasil, sem fazer alarde para oferecer esse serviço”, diz Armond. Uma adolescente de 14 anos, vítima de Klaus, esclareceu que ele oferecia de R$ 30 a R$ 50 para filmar as crianças enquanto cometia os crimes.
“Depois de descobrirmos o caso, através de denúncias de duas mães, nós encontramos uma outra vítima de Klaus. A menina de apenas 14 anos disse que ele aliciava os menores de comunidades carentes oferecendo quantias baixíssimas de dinheiro, que variavam entre R$ 30 e R$ 50. São relatos chocantes. A adolescente contou que Klaus gostava de jogar maços de dinheiro no chão e quando as vítimas tentavam pegar, ele batia nelas”, afirma o delegado Luís Maurício Armond, responsável pelas investigações.
Crítica Nacional Notícias:
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