O debate dessa quinta-feira entre Benedito Barbosa e João Doria a respeito de segurança pública e desarmamento serviu para mostrar duas visões bem distintas, a conservadora e a estatista, a respeito do tema. Enquanto Benedito Barbosa enfatizava a direito de defesa pessoal, João Doria insistia na ideia tipicamente socialista e autoritária de um estado (no caso, o município) dotado de uma parafernália tecnológica para, à guisa de proteção, poder monitorar a vida das pessoas.
Benedito Barbosa foi correto em ir ao debate. Ele é a pessoa mais bem preparada no país para levar a público a discussão sobre direito de defesa, e desconstruir as narrativas falaciosas que a esquerda criou nas últimas décadas a respeito das causas da violência e da criminalidade. Tratou-se, portanto, de uma estratégia correta de ocupação de espaços para abordar um tema que até pouco tempo era praticamente monopolizado pela esquerda no debate público.
No entanto, é um erro ou muita ingenuidade imaginar que, a despeito da capacidade argumentativa inquestionável de Benedito Barbosa, a sua participação no debate possa ter servido para João Doria deixar de ser um desarmamentista, ou ainda acreditar que existe disposição do político socialdemocrata de aderir à tese conservadora do direito de defesa.
Do ponto de vista do prefeito paulistano, o debate com Benedito Barbosa serviu principalmente para uma redução de danos na imagem do político tucano, que passou a ser identificado pelos segmentos conservadores da sociedade como sendo um desarmamentista, como todos os demais socialdemocratas e socialistas. Essa preocupação com a imagem foi o motivo principal, ainda que velado, para o convite. Imaginar, como faz Rodrigo Constantino, que esse fato sinalize a possibilidade de trazer Doria para a direita, é puro exercício de auto-ilusionismo político.
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Sua abordagem foi acertada. Mas, já passou da hora do povo, mais especificamente dos intelectuais conservadores de direita fazer o dever de casa, montar um alto comando estratégico, para combater a esquerda, mobilizando toda a direita em pautas que realmente são necessários, principalmente a intervenção do povo com suporte das FFAA. Não há uma pauta mais urgente para por um fim nos planos da esquerda e levar o Brasil de voltar aos eixos. Precisamos começar a esclarecer todos nos mais longínquos cantos para que saibam o que realmente está acontecendo e, quais são as saídas para acabar com a guerra dos governos contra a população do Brasil e até da América latina. O Brasil tem peso estratégico até para salvar a Venezuela o extermínio.
Exato!
O Doria insiste em sair bem na foto. O que se viu não foi um debate. O que se viu, claramente, foi o Dória tentanto limpar sua barra, depois do malfadado movimento que fez para que a população entregasse sua arma a meia duzia de Guardas Civis, dias atrás, aqui em São Paulo, reproduzindo porcamente o que o governo federal (Leia-se Lula) fez há anos atrás.Não se iludam…. caso ele chegue “lá”, o desarmamento continuará em sua agenda.
O Dória usa muitas estratégias durante a entrevista de desarmar e usar os convidados de uma forma velada… ele elogia exageradamente o tempo todo o convidado, o que o convidado faz? Manda ele “TNC”? Impossível! O Dória é um encantador lazarento!
Sempre acompanho esse programa do Dória, e foi a primeira vez que um entrevistado fala tanto tempo! E sabem pq o Bene falou tanto tempo? Pq ele é muito bom na área de segurança pública e o Dória teve muitas dificuldades em interromper nosso mestre!… O Bene deu uma aula, educado, elegante, direto e incisivo… ele teria muito mais coisas para falar, mas o Dória sacava quando o Bene se prolongava e trazia o assunto sobre o estatuto e “pimba” la vem o Lazarento com suas técnicas, elogios e nananana…mas deu para perceber que o Dória usou o Bene, como usa todos os seus convidados…mas convenhamos, o Bene tb usou o Dória! Isso foi claro! O Bene é educadíssimo!! Nunca vi ele perder a linha! No geral a entrevista foi ótima para ajudar na flexibilização do estatuto do desarmamento. Em minha opinião nós que somos a favor que o cidadão de bem se arme tivemos mais ganhos que perdas!! Parabéns ao Bene!!!
Exato. Bene Barbosa, o maior especialista em segurança pública do país, tem feito um belo trabalho! A entrevista foi positiva, principalmente sob o ponto de vista de ocupação de espaços. No entanto, jamais se pode imaginar que os argumentos ali brilhantemente lançados por Bene se destinaram ao João Doria- e nem teriam aptidão para tanto. Ademais, uma mera entrevista não fará Doria mudar a sua formação política, colhida, há anos, diretamente no seio do PSDB.
Não se trata de trazer Doria para a direita, que é uma droga igual a esquerda, e sim de mostrar que ele está errado.
Se o Bene Barbosa quisesse tria humilhado o Doria com suas argumentações racionais frente às mentiras desarmamentistas e defesa de um Estado ainda maior, típico de socialistas.
O que o Bene fez foi ser condescendente, dando a chance de o Doria repensar, e assim quem sabe, talvez, se pensar a respeito pode mudar de ideia e se tornar um aliado, porque o Doria é inteligente pra isso.
Parabéns mais uma vez Bene.
Os #Liberais não me cansam de surpreender pela ingenuidade política. Mesmo “jurando de pé-junto” que jamais serão “de direita”(como fez #AécioNeves) a esquerda brasileira, acreditam mesmo que podem fazê-lo com qualquer um.
No caso específico do #Doriana, há até agravante: segundo professor #OlavoDeCarvalho o mesmo é #LiberalGlobalista e não #EsquerdistaFabiano.
Liberais não são ingênuos, simplesmente compactuam de várias posições da agenda da Social Democracia.
Um social-democrata neoliberal é uma atração irresistível aos liberais. Para eles basta apenas delegar o poder econômico em suas mãos , e deixar as questões políticas nas mãos do socialista, que tudo está resolvido.
São o que eles chamam “esquerda civilizada”. É o máximo de “direita” que um liberal suporta.
Pelo fato de nunca conseguirem ascender ao poder com seu discurso reducionista, sua visão política é delegada sempre a centro-esquerda.
Como disse o mesmo Paulo Eneas em um de seus ótimos artigos, não existe em nenhum país e nenhuma época, a aplicação de políticas liberais que não fossem através de uma plataforma conservadora.
É uma pena que nunca terão a ombridade de reconhecer isso.
Os Intitutos Liberais no Brasil estão cheios de empresários pseudo-liberais com bolsos recheados de subvenção econômica estatal, além de jovens que não tiveram qualquer contato, na infância ou com a família, de alguma base religiosa capaz de fornecer uma visão transcedental e de continuidade da existência.
Parabéns Paulo por mais um texto direto e racional.
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