por paulo eneas
O grupo terrorista muçulmano autodenominado Jihad Islâmica Palestina promoveu uma onda de ataques contra Israel pelo segundo dia consecutivo nesta segunda-feira (24/02), lançando mais de oitenta foguetes e morteiros contra o sul do território israelense a partir da Faixa de Gaza.
As forças de defesa israelenses revidaram neutralizando alvos do grupo terrorista nas proximidades de Damasco, na Síria, e na própria Faixa de Gaza. A maioria dos foguetes e morteiros foram interceptados pela defesa israelense por meio do Iron Dome (domo de ferro), sistema de defesa contra ataques aéreos desenvolvido por Israel.
A maior parte dos ataques têm sido dirigidos a Ashkelon, que tornou-se a maior cidade israelense alvo das hostilidades do grupo jihadista. Segundo o website israelense DebkaFile, especializado em defesa e estratégia e inteligência militar, nenhum civil ou militar de Israel foi ferido ou morto nos ataques.
Até o momento Israel tem limitado-se a exercer sua defesa por meio de artilharia aérea e terrestre contra instalações e centros de comando da Jihad Islâmica Palestina e bloqueio dos foguetes. Escolas ficaram fechadas pelo segundo dia consecutivo nas principais cidades ao sul de Israel.
A avaliação de momento é que não haverá nenhuma ação em larga escala de Israel contras os terroristas na Faixa de Gaza até o dia 2 de março, quando serão realizadas as novas eleições gerais no país. Também existe a avaliação que a intensidade dos ataques por parte da Jihad Islâmica Palestina foi motivada por esse fator. Os atos de campanha eleitoral israelense foram suspensos no domingo e nesta segunda-feira.
Ao longo do dia, o premier Benjamin Netanyahu afirmou que se os bombardeios com foguetes persistirem, Israel irá empreender uma operação militar em larga escala na Faixa de Gaza, utilizando de novas táticas de combate em ações de contra-terrorismo.
O Grupo Terrorista Jihad Islâmica Palestina
O grupo terrorista Jihad Islâmica Palestina foi criado em 1979 no Egito a partir de células da organização terrorista Irmandade Muçulmana. O grupo é hoje a segunda maior organização terrorista na Faixa de Gaza, ficando atrás apenas do Hamas. A inteligência norte-americana avalia que o grupo possui cerca de um mil membros. O grupo é financiado principalmente pela Síria e pelo Irã, de onde recebeu também treinamento por meio da Guarda Revolucionária Iraniana. Com informações de Debka File e de Counter Extremism Project.