por camila abdo e paulo eneas
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou na última quarta-feira (05/08) a troca de comando na Secretária de Educação Básica do Ministério da Educação. A secretária Ilona Becskeházy, que estava à frente da secretaria há quatro meses e havia sido nomeada pelo ex-ministro Abraham Weintraub, foi substituída por Izabel Lima Pessoa. A troca foi aplaudida e festejada pelo establishment educacional esquerdista.
Em mensagem de despedida publicada nas redes sociais, a ex-secretária Ilona Becskeházy afirmou:
“Nosso povo está sendo mantido na mais profunda ignorância de forma estrutural, como consequência de decisões que são, muitas vezes, equivocadas, mas que também são, estruturalmente, deliberadas, no sentido de não fazer avançar a educação escolar da população, mesmo quando já se sabe o caminho.”
A substituta de Ilona Becskeházy é Izabel Lima Pessoa, doutora em política social e formada em letras. Izabel participou recentemente de um painel organizado pelo Governo da Bahia tendo como tema o Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica e Plataforma Paulo Freire, objetivando socializar a pesquisa do programa para os demais estados brasileiros.
A professora Maria Helena Guimarães de Castro, ex-secretária-executiva do MEC nos governos de Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer, derramou-se em elogios à secretária indicada por Milton Ribeiro. “Isabel é um quadro técnico de carreira da Capes, muito qualificada e dedicada à formação de professores. Conheço Isabel há muitos anos e sei do seu compromisso com a educação básica.”
João Marcelo Borges, diretor da entidade globalista Todos Pela Educação, que atuou fortemente no lobby pela queda do ex-ministro Abraham Weintraub, também não foi econômico nos elogios: “pela primeira vez neste governo, a secretaria da educação básica estará sob o comando de uma servidora de carreira, que conhece o MEC e tem conhecimento técnico na área”.
A mudança na Secretaria de Educação Básica reflete a inflexão em direção ao establishment educacional brasileiro, todo ele controlado pela esquerda, iniciada com a saída de Abraham Weintraub. A pressão do establishment esquerdista educacional, aliado ao lobby de entidades e grupos econômicos monopolistas da área de ensino, parecem ter prevalecido e possivelmente irão prevalecer nas diretrizes futuras do ministério.
Os quadros conservadores que estavam no MEC foram quase todos afastados. Não está claro o posicionamento do novo ministro em relação a temas como ensino de ideologia de gênero, projetos de educação clássica, home schooling, abandono de ideologias educacionais esquerdistas como construtivismo e conceitos freireanos, responsáveis pelo Brasil ter o pior sistema educacional do mundo entre as nações mais desenvolvidas.
O fato de a esquerda e o establishment educacional, bem como entidades globalistas que atuam como lobistas de interesses monopolistas na área educacional, terem aplaudido a nova indicada para a Secretaria de Educação Básica é um indicador forte desse possível cenário, que pode ser assim resumido: é pouco provável que qualquer programa conservador e de direita na área educacional venha a ser de implementado no atual governo.
Crítica Nacional Notícias:
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