por paulo eneas
As relações entre o movimento conservador brasileiro e o Governo Bolsonaro voltaram a ser tema nas redes sociais esta semana, com uma sequência de mensagens (thread) do assessor especial da Presidência da República, Filipe G. Martins, discorrendo a respeito. O entendimento do Crítica Nacional sobre esse tema é inequívoco: o resgate da agenda e do programa conservador eleito nas urnas em 2018 passa necessariamente e em primeiro lugar por iniciativa do próprio Presidente da República.
Para esse resgate, o presidente precisa começar por livrar-se de auxiliares que claramente estão em conflito com o programa de governo, especialmente sua área jurídica formada por Jorge de Oliveira, André Mendonça e José Levi, que atuam muito mais como prepostos do poder judiciário do que como leais colaboradores do chefe de governo. O mesmo se aplica a alguns auxiliares de patente militar.
O presidente precisa também resgatar o Ministério da Educação, que abandonou qualquer proposta conservadora para a área após a saída do ministro Abraham Weintraub, abriu as portas para a agenda globalista no setor, e tem se mostrado no mínimo indiferente à agenda ideológica diversitária e de gênero presente nas escolas.
E a esse quadro desalentador somam-se também as incertezas na área econômica, onde as tentações estatistas-desenvolvimentistas e de viés populista sustentadas pelo estamento militar presente no governo passam para a opinião pública a impressão de enfraquecimento da posição liberal e desestatizante do ministro Paulo Guedes.
Por fim, em que pese a importância inquestionável dos avanços na área de infraestrutura, que tornou-se a vitrine política do governo em período recente, é imperativo que o Presidente da República use sua gigantesca popularidade para reafirmar os princípios liberais na economia de seu programa de governo, e recoloque os itens da agenda conservadora que o elegeu no centro do debate nacional.
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