por paulo eneas
O ministro Luiz Ramos poderá deixar a articulação política do governo nos próximos dias. Segundo informa a jornalista Yasmin Alencar do jornal Brasil Sem Medo, Luiz Ramos poderá deixar a articulação política e passar a ocupar a Secretaria-Geral da Presidência da República, atualmente chefiada por Jorge de Oliveira, que irá para o Tribunal de Contas da União.
Existe uma quase unanimidade entre os analistas políticos da imprensa independente de que Luiz Ramos é o principal responsável por todos os erros políticos do governo.
A conduta do articulador político do Presidente Bolsonaro é marcada pela perseguição política aos conservadores do governo, pelo seu esforço em promover o loteamento dos cargos públicos junto ao Centrão, e pela sua preocupação em poupar e agradar a esquerda. Sua amizade de longa data com o comunista Aldo Rebelo é reveladora de sua predileção.
Foi de Luiz Ramos a ideia de trazer Regina Duarte para a Secretaria de Cultura do Governo Federal. Uma ideia desastrosa que resultou em meses de paralisia do órgão e na sua contínua ocupação por esquerdistas de todas as matizes, desde tucanos até psolistas. A última “vítima” de Luiz Ramos foi o ex-ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, que foi exonerado do cargo após entrar em conflito com o articulador político.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também foi alvo das ações de perseguição de Luiz Ramos. Salles acusou publicamente Luiz Ramos de plantar informações na grande imprensa para desgastar o titular da pasta do Meio Ambiente, o que levou o ministro a reagir e chamar Ramos de “maria fofoqueira”.
Avalia-se também que Luiz Ramos foi o principal articulador da proposta de recondução de David Alcolumbre à chefia do Senado Federal a partir do próximo ano, ainda que a Constituição Federal proíba expressamente esta reeleição, conforme foi confirmado por decisão do Supremo Tribunal Federal na semana passada.
Queda para cima
Se confirmada a saída de Luiz Ramos da articulação política e sua ida para a Secretaria-Geral, a mudança deverá ser vista como uma “queda para cima”, pois o ministro continuará extremamente próximo ao presidente e continuará sendo um de seus principais conselheiros políticos.
Da mesma forma, a possível ida de Luiz Ramos para o novo cargo não o impedirá de continuar sua perseguição política aos conservadores que apoiam o Presidente Bolsonaro. O alento é que, na nova função, possivelmente Luiz Ramos deixará de ter o condão para negociar loteamento de cargos no governo.