A Queda do Último Conservador: Ricardo Salles Exonerado do Ministério do Meio Ambiente

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por paulo eneas
O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi exonerado do cargo nesta quarta-feira (23/06) pelo Presidente Bolsonaro. O decreto de exoneração publicado no Diário Oficial da União afirma que a saída do ministro se deu a pedido. Ricardo Salles teria alegado razões pessoais para decidir pela sua saída.

O decreto de exoneração de Ricardo Salles traz também a nomeação do novo titular da pasta, Joaquim Álvaro Pereira Leite. O novo ministro do Meio Ambiente ocupa atualmente a Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do ministério.

Ricardo Salles era considerado o último ministro identificado com o campo conservador do Governo Bolsonaro, após a queda dos ministros da Educação, Abraham Weintraub, da Relações Exteriores, Ernesto Araújo e também da saída de assessores como Arthur Weintraub e da diretora da Apex, Letícia Catelani, entre outros.

Tradicionalmente subserviente a uma agenda ambientalista internacional de viés globalista, o Ministério do Meio Ambiente comandado por Ricardo Salles afastou-se dessa agenda, passando a conduzir a política ambiental numa perspectiva distinta, mais alinhada aos reais interesses nacionais brasileiros.

Essa mudança de diretriz fez com que Ricardo Salles passasse a ser alvo de ataques duros orquestrados por organizações internacionais, ataques estes respaldados pela grande imprensa nacional. Somou-se a isto, a hostilidade constante sofrida pelo agora ex-ministro por parte do vice-presidente Hamilton Mourão.

A saída de Ricardo Salles ocorre menos de dois meses após a queda do chanceler Ernesto Araújo, e a subsequente guinada à esquerda da política externa brasileira. A saída ocorre também no momento em que os ministros do Turismo e da Saúde, bem como a liderança governista no Senado Federal, apoiam a criação do passaporte vacinal.

Esta sucessão de episódios evidencia o sepultamento gradual e constante da agenda conservadora que elegeu o Presidente Bolsonaro e sua substituição por políticas de viés globalista e progressista, especialmente no Ministério dos Direitos Humanos, respaldadas principalmente pelo Centrão.


 

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