por paulo eneas
O Presidente Bolsonaro publicou uma mensagem em sua rede social na noite deste domingo (04/07) afirmando, por meio de uma construção narrativa indireta, que integrantes de um dos poderes da República estariam sendo chantageados por um chantagista de codinome Daniel.
Na mensagem, o presidente afirma a existência de supostas filmagens mostrando integrantes de um dos poderes da República em cenas de intimidade constrangedoras, e que estas filmagens estariam de posse de um indivíduo de codinome Daniel:
“Parece que isso está sendo utilizado no Brasil (importado de Cuba pela esquerda) onde certas autoridades tomam decisões simplesmente absurdas, para atender ao chantageador (“Daniel”). Quando nada têm contra seu alvo principal, vão para cima de filhos, parentes, e amigos do mesmo. Inquéritos e acusações absurdas, … Daí quebram sigilos, determinam buscas e apreensões, decretam prisões arbitrárias, etc…”
A mensagem gerou expectativa entre os apoiadores, que passaram a esperar algum fato novo nesta segunda-feira relacionado à denúncia, e que viesse a alterar o cenário político institucional. Alguns destes apoiadores associaram a denúncia à recente visita ao Brasil do diretor da CIA, a agência de inteligência norte-americana.
No entanto, até o final da manhã desta segunda-feira (05/07) nenhum fato excepcional havia ocorrido relacionado à denúncia. Por sua vez, lideranças de oposição da esquerda e do establishment político mantiveram-se em um providencial silêncio que não lhes é próprio.
O fato é que uma denúncia desta monta não pode ficar sem implicações. Se existe um criminoso chantageando membros de um dos poderes da República, o Chefe de Estado precisa empregar todos os meios constitucionais à sua disposição para cessar esta chantagem, prender o chantagista e tornar nulas as decisões tomadas sob a ameaça de uma chantagem.