por angelica ca e paulo eneas
O presidente argentino, Alberto Fernández, afirmou durante palestra realizada no início de fevereiro em um centro de estudos de Paris, que ele enviará ao Congresso da Argentina uma lei para descriminalizar o aborto e permitir o assassinato de fetos nos centros públicos de saúde do país.
O poste de Cristina Kirchner afirmou que o projeto será apresentado no dia primeiro de março, durante seu discurso ao parlamento argentino. A intenção de legalizar o assassinato de fetos estará presente e será verbalizada no próprio discurso, além do envio do projeto de lei.
O anúncio encontrou forte rejeição por parte da cúpula da Igreja Católica Argentina, que convocou para o próximo dia 8 de março uma missa na Basílica de Luján, com o lema “Sim à mulher, sim à vida”.
Lições de como não fazer guerra política
O anúncio da intenção do governo argentino de legalizar o assassinato de fetos não surpreende, uma vez que a vitória de Alberto Fernández nas últimas eleições representou a volta do Foro de São Paulo ao poder no país vizinho, como o Crítica Nacional vem afirmando aqui há meses.
Esta volta dos comunistas ao poder na Argentina deveu-se em parte à incapacidade do ex-presidente Maurício Macri de entregar resultados econômicos. Mas deveu-se fundamentalmente à ausência de um combate direto à esquerda argentina, às suas pautas e suas agendas, que incluem o assassinato de fetos. Um combate que tem que ser feito pelo direita conservadora.
Diante da falta desse embate, o cenário econômico desfavorável abriu caminho para a vitória dos comunistas, no esteio da crise econômica, sem que seus valores e suas agendas tivessem sido questionados e combatidos. O exemplo recente da Argentina traz, portanto, uma lição sobre como não fazer a guerra política.
Os argentinos irão pagar um preço alto pela escolha que fizeram ao entregar sua nação ao Foro de São Paulo. E esse preço possivelmente começará a ser pago por aqueles que não votaram, pois ainda nem tiveram chance de nascer, e possivelmente serão impedidos de nascer.