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O Tsunami & Os Rumos do Governo Bolsonaro

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O Tsunami & Os Rumos do Governo Bolsonaro

 

por paulo eneas
O anúncio feito pelo Presidente Bolsonaro de um possível tsunami político para essa semana tem dado a origem a especulações sobre o que o presidente de fato quis dizer e sobre que decisões ele irá anunciar a respeito. Ainda que as especulações em torno da fala do presidente sejam as mais variadas, o mais importante ao nosso ver não é tentar antecipar que decisão o presidente irá anunciar, mas sim o que irá guiar essa possível decisão, seja ela qual for, bem como o pano de fundo de sua motivação.

O pano de fundo ao nosso ver é claro e inequívoco, e corresponde exatamente ao diagnóstico que o editor do Crítica Nacional apresentou há mais de um mês durante um encontro em São Paulo que reuniu grupos e movimentos de direita de todo País para avaliar os cem dias do Governo Bolsonaro, conforme noticiamos no artigo Movimentos De Direita De Todo O País Articulam Apoio À Agenda Conservadora De Jair Bolsonaro.

A tentativa de afastar o presidente da agenda conservadora
Naquela oportunidade avaliamos que o governo vive desde o seu início um tensionamento interno, com uma ala tecnocrata formada também, mas não apenas, por militares da reserva tendendo a deslocar o governo para o centro, afastando-o da agenda conservadora que elegeu Jair Bolsonaro presidente. Esse tensionamento ao centro vem prosseguindo em intensidade crescente, com reflexos negativos no Congresso Nacional.

Diferentemente de uma leitura simplista que vem sendo feita do cenário, os problemas internos do governo não são reflexo de suas dificuldades no Congresso, mas o contrário: a ausência de unidade política no núcleo duro do governo, em decorrência dessa tentativa de deslocar o governo para o centro, reflete-se no Congresso como sinal de fragilidade, estimulando a ala fisiologista do parlamento a tentar precificar seu apoio ao governo.

Exemplos desse tensionamento ao centro têm sido a recente diretriz errada dada para a Venezuela, e as falas e a conduta de alguns integrantes do primeiro escalão, como o ministro Santos Cruz, cuja conduta vai claramente no sentido contrário ao das diretrizes do Presidente Bolsonaro, chegando até mesmo a colocar em questão a autoridade presidencial, como ficou evidenciado na sua ingerência indevida na Apex e suas declarações a respeito da mudança da Embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém.

O presidente irá reafirmar seus compromissos com a agenda conservadora
Diante desse quadro, avaliamos que o presidente irá anunciar decisões que tenham como base a reafirmação de seu compromisso com a agenda conservadora que o elegeu. Estas decisões estarão ancoradas em duas premissas centrais:

a) O presidente não aceitará de modo algum ceder à pressão fisiologista do Congresso para retomar a velha prática de trocar apoio por cargos na máquina pública federal.

b) O presidente não vai aceitar tornar-se um presidente fantoche, tutelado por forças políticas que venham obrigá-lo a abandonar a pauta conservadora, de direita, cristã, anticomunista e antiglobalista que o elegeu.

Estas duas premissas irão guiar as decisões do presidente. Decisões essas que podem incluir desde mudança no ministério, com afastamento principalmente do ministro Santos Cruz, a reversão dos desdobramentos recentes na Apex, bem como o uso do expediente constitucional de convocação de plebiscito para a aprovação dos principais pontos do programa de governo de direita aprovado nas urnas, incluindo o uso mais recorrente de rede nacional de televisão para o presidente comunicar-se diretamente com a população.

As decisões do presidente ancoradas nessas premissas precisarão contar com o forte apoio tanto nas redes sociais quanto nas ruas, por parte dos apoiadores e eleitores de Jair Bolsonaro, que continuam dispostos a apoia-lo para não permitir que o governo por ele presidido venha a desfigurar-se pela ação traidora de forças políticas que, não fosse pela vitória de Jair Bolsonaro nas urnas, jamais estariam no poder e muito menos em condições de ditar os rumos de um governo à revelia da vontade da maioria conservadora, cristã, anticomunista e antiglobalista que o elegeu. #CriticaNacional #TrueNews #RealNews

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