por paulo eneas
O comentário mais preciso à respeito do sucesso inegável das manifestações deste Primeiro de Maio foi feito pelo professor Olavo de Carvalho, que afirmou em mensagem em sua rede social:
Será que o Bolsonaro ainda tem alguma dúvida quanto ao apoio popular que receberá em qualquer medida que venha a tomar contra os inimigos do Brasil?
Se houvesse qualquer resquício de dúvida quanto ao apoio popular de que presidente desfruta, ele foi dissipado em definitivo: milhões de brasileiros saíram às ruas neste sábado (01/05) atendendo a um chamado do presidente, que havia afirmado dias atrás que esperava um sinal do povo brasileiro fazer o que precisa ser feito.
Os milhões que foram às ruas o fizeram para “autorizar o presidente” a tomar medidas previstas na Constituição Federal para restabelecer a lei e a ordem no país, e para resgatar e restabelecer os direitos e garantias individuais fundamentais, incluindo a liberdade de expressão e o direito ao trabalho, que foram na prática banidos do Brasil em período recente.
Ocorre que uma parcela da própria base de apoio do presidente, e também setores do governo, tem procurado equivocamente dar um viés exclusivamente pré-eleitoral às manifestações ocorridas neste sábado. Esta leitura é equivocada, pois expressa até mesmo um descolamento da realidade.
É um descolamento da realidade por que os problemas reais vividos pelos brasileiros hoje dizem respeito a agressão a seus direitos básicos e à supressão de suas liberdades. Estes problemas demandam uma solução imediata por iniciativa do Chefe de Estado. Solução esta que não pode ser projetada para um horizonte eleitoral de daqui há um ano e meio.
O Presidente da República sabe o que precisa ser feito, dentro das quatro linhas da Constituição Federal, para exercer plenamente suas prerrogativas institucionais e restabelecer o primado da lei e da ordem e das garantias e direitos individuais fundamentais no país.
De nossa parte do Crítica Nacional, jamais propugnamos qualquer medida fora daquelas prevista pelo texto constitucional. Em todas as recomendações e sugestões que temos feito em período recente, como a necessidade de revogação ou alteração substantiva da Lei 13.979, entre outras várias medidas necessárias, guiamo-nos sempre pela estrita observância do que diz a Constituição Federal.
Assim como entendemos que é dever do presidente estar sempre dentro das quatro linhas da Constituição Federal, como de fato ele tem estado desde o primeiro dia seu mandato, é também dever das demais instituições de Estado que elas estejam dentro destas mesmas quatro linhas. E sabemos que isto não tem ocorrido, o que tem gerado o estado de anomalia institucional em que o Brasil vive.
As vítimas desta anomalia são em primeiro lugar o povo brasileiro, que teve seus direitos abolidos por meio de normas e atos concretos de governantes locais de vocação ditatorial, que seguem infringindo as leis e a Constituição a pretexto de combater a pandemia. O próprio Presidente da República também foi vítima desta anomalia, ao ficar nominalmente impedido de exercer plenamente suas prerrogativas.
Portanto, entendemos que milhões de pessoas foram às ruas no último sábado para “autorizar” o presidente a corrigir esta anomalia institucional, a trazer o país inteiro e as demais instituições de Estado para dentro das quatro linhas da Constituição Federal.
Este foi o sentido claro e inequívoco destas manifestações, e querer reduzi-las a atos de pré-campanha eleitoral é um erro sem igual, que pode induzir a uma estratégia errada do governo que frustrará sua ampla base de apoio.
Por fim, querer reduzir as manifestações deste sábado a um “esquenta” pré-eleitoral é amesquinhar a grandeza e o significado destes eventos, que levaram milhões às ruas em defesa de seus direitos e de sua liberdade, e que demonstraram a confiança que depositam no Presidente Bolsonaro para cumprir esta missão.
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