Governo do Mato Grosso do Sul Proíbe Linguagem Neutra em Escolas do Estado

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por angelica ca e paulo eneas
O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), sancionou nesta terça-feira (04/Jan) lei estadual que proíbe o uso da variante artificial do idioma português chamada linguagem neutra nas escolas daquele Estado, nos documentos oficiais públicos e na confecção de materiais didáticos. Com a nova legislação sancionada, Mato Grosso do Sul torna-se o segundo Estado a proibir o uso desta variante. O primeiro a proibir o uso da chamada linguagem neutra foi o Estado de Rondônia.

A nova lei estabelece que é “obrigatória a utilização da norma culta da língua portuguesa nos instrumentos de aprendizagem utilizados no ambiente escolar, nos documentos oficiais e na confecção de materiais didáticos, como forma de padronização do idioma oficial do país”. A lei originou-se de projeto de autoria do deputado estadual Marcio Fernandes (MDB-MS) e  foi aprovada no final do ano passado pela Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul por catorze votos contra um.

Em novembro do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, suspendeu a lei que veta o uso da linguagem neutra nas escolas de Rondônia, por meio de uma ação movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino.

No entender do ministro, a proibição da chamada linguagem neutra supostamente “ofende materialmente a Constituição” e seria “incompatível com a liberdade de expressão”. Edson Fachin afirmou que a chamada linguagem neutra supostamente “visa combater preconceitos linguísticos, retirando vieses que usualmente subordinam um gênero em relação a outro”.

O que é a chamada linguagem neutra
A chamada linguagem neutra constitui-se numa variante do idioma português criada artificialmente por motivações ideológicas identitárias e que elimina as declinações de gênero (no sentido técnico gramatical do termo) usadas no substantivos para distinguir referentes masculinos e femininos.

O emprego da chamada linguagem neutra preconizado e implementado pelos ideólogos da ideologia de gênero visa possibilitar que o idioma faça referência a pessoas sem associar a elas um sexo inequivocamente definido, que passa então a ser substituído pela noção de gênero fluido, ao qual o idioma se adequa.

Desta forma, em vez de se dizer “aluno” ou “aluna” para referir-se a um menino ou a uma menina numa escola, a chamada linguagem neutra emprega indistintamente o termo não dicionarizado “alune”, uma vez que o referente, a pessoa do menino ou da menina, deve ser vista e perceber-se a si mesma como um indivíduo de gênero fluido, que não é necessariamente homem ou mulher segundo o sexo com o qual nasceu, mas alguém cuja “identidade de gênero” será objeto de sua escolha segundo sua vontade.

A variação artificial da forma do uso do idioma defendido pelos adeptos da ideologia de gênero insere-se no mesmo artificialismo desta mesma ideologia, que propõe que a auto identidade de uma pessoa não seja aquela que lhe tenha sido dada pela natureza e pela sua biologia ao nascer, mas que resulte unicamente de sua vontade. Fonte: Revista Oeste | Gazeta do Povo.


Leia também:
1) Cidade de Joinville (SC) Proíbe Uso da Chamada Linguagem Neutra no Sistema de Ensino Público e Comunicações Oficiais da Cidade

2) Explicação do Ministro Milton Ribeiro Sobre Pseudolinguagem Neutra no Site do MEC Não Convence

3) Ministro Edson Fachin Suspende Lei do Estado de Rondônia que Proíbe Uso da Chamada Linguagem Neutra nas Escolas


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